Distinguem-se duas formas de secagem: o peixe seco e o peixe enjoado, com características de preparação e consumo diferentes.
O peixe fresco é primeiro lavado com água abundante para limpar o sangue e as vísceras. Depois é passado por uma moura de sal marinho, e, por fim, estendido ao sol.
Em média, o peixe precisa entre um a três dias para o processo, dependendo do grau de secagem.
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Método tradicional de secagem de peixe |
Todo este processo é artesanal e depende muito das condições meteorológicas (sol, vento, etc...). O peixe enjoado é mais húmido, uma vez que esteve menos tempo ao sol.
O peixe seco está completamente desidratado e mais duro, podendo ser comido cru (desfiado), mas regra geral é cozido e acompanhado de batata igualmente cozida (com pele, para manter as propriedades) e regado com azeite e vinagre ou sumo de limão e alho picado.
Tradicionalmente, o enjoado serviria para grelhar, regado de uma boa cebolada.
O polvo e a lula são muito apreciados cozidos, em arroz e em saladas, mas podem igualmente ser consumidos crus.
Cada espécie tem uma forma diferente de secagem. O carapau é aberto ou escalado; a petinga e a sardinha são secas inteiras (sem tripa, escama e cabeça), bem como o polvo.
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Polvo seco |
A carne do polvo ou da lula tem um sabor muito especial quando seca e a forma ideal de consumo e passá-la pelo fogo acrescentando umas gotas de limão. É incrível, mas, quando crua, tem uma textura ligeiramente de borracha. Depois de cozinhada, constatamos um aumento do sabor e fica incrivelmente aveludada.